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sexta-feira, 20 de maio de 2011

1° Leva - Belgian Strong Ale

Bom, uma hora eu teria que postar, não é?!
Vou postar a primeira leva - uma tripel - e depois posto as outras 3 que já se passaram (Rausch, Pale Ale e German Pilsen).

Eu escolhi a tripel logo de cara porque dentre os estilos existentes, vi que a maioria das receitas dessa breja fugiam totalmente da Reinheitsgebot (lei de pureza). Eu tinha algumas idéias experimentais na cabeça, que também não eram tão 'puras', mas não sabia ao certo como fazê-las. Lendo alguns blogs vi esta receita do Bruno, da Chales Brenson Bier, e achei sensacional. Até entrei em contato com ele, que me ajudou um bocado passando a receita na íntegra. Fiz algumas alterações no dia da brassagem e a receita ficou assim:

Belgian Strong Ale - 30 litros

8 Kg de malte Pilsen
0,5 Kg de malte Munich II
0,15 Kg de malte de Trigo
0,5 Kg de aveia em flocos
0,15 Kg de rapadura
300 ml de mel

Lupulagem:

20 g Magnum (70 minutos)
20 g Hallertaum Tradition (70 minutos)
15 g Saaz (30 minutos)
10 g Saaz (10 minutos)

Fermento:

S33 Trapista


Do dia da brassagem:


Arriamos os maltes com a água a 40°C e logo subimos pra faixa dos 50° para parada proteica, onde deixamos por aproximadamente 20 minutos (sim, 20 porque eu só lembrei de colocar a aveia em flocos com 5 minutos de parada).



Arriando os maltes

Logo após os 15 minutos de parada subimos para faixa dos 58°-60°C onde mantivemos durante cerca de 60 minutos e logo após pra faixa dos 65°C por mais 40 minutos. Findamos subindo até os 78°C pra inativação enzimática.



Brassagem

Após ferver, lupulamos como na receita sem maiores novidades.



Lupulagem

Após a fervura entramos na etapa mais medonha: Resfriar o mosto. Quando comprei meu equipamento fiz um chiller de resfriamento com aproximadamente 5 metros, crente de que seria o bastante pra resfriar 30 litros de mosto. Apesar dos conselhos do Edu para que eu comprasse um maior, minha 'pãodurice' prevaleceu e mantive o 'anão'. O problema foi que não conseguimos a eficiência que eu jurava que os 5 metros teriam e precisamos resfriar o mosto com tina de gelo. Fiquei com um medo danado porque o Edu já tinha feito este método antes e infectou o mosto, salgando a cerveja. Foi um mês apertado mais consegui: A parada não infectou! :)



Edu e o 'anão'

Tina de gelo na bacia

Tina de gelo no tanque

Terminamos a brassagem inoculando o fermento S33, próprio para cervejas belgas. Gostei demais desse fermento, fixou notas frutadas maravilhosas. Devo ressaltar também que, diferente da receita do Bruno, eu não coloquei nem especiarias e nem o candi sugar (açúcar caramelizado), porque na hora de calcular a receita eu lembrei de uma barra de rapadura que meu avô trouxe de Sergipe e que eu não iria usar tão cedo. Tentando 'inovar', eu e o Edu calculamos colocar aproximadamente 180 gramas da rapadura ralada no final da fervura. Mas sempre alguma coisa tem que dar errado nas brassagens: Eu, pra não ficar só naquela mancada do chiller, ralei um 'pouco' a mais da rapadura e acabei colocando 250g. A cerveja acabou turvando um pouco, puxando pro marrom escuro, saindo do estilo proposto. Mas, como disse meu professor Alexandre Zanin: 'Pra uma primeira breja, tá ÓTEMA!'

Seguindo; Deixei a breja por 7 dias fermentando a 18°C dentro da geladeira com termostato e mais 20 dias maturando a 5°C.



Maturando

Para engarrafar, contei com a ajuda de dois amigos (valeu Pires, valeu Thomeo), da minha dignissima namorada (Te amo xuu) e com a do meu irmão (que eu não vou agradecer porque ele bebeu muita breja, então estamos quites). Engarrafamos com 7 g de primmig/litro.


Coisa boa pra se queimar nos fds

Biel e Pires (com seu olhar 'sedutor aos 40')

Fazendo força

Provando antes de ir pra garrafa

Artesanal, sempre


Pra finalizar o post, quero mostrar os pães que eu fiz com o bagaço restante do malte. Mais pra frente eu coloco a receita dessa belezinha aí, que é moleza de fazer e fica bom demais.


Pão de malte


Do resto, agradeço a paciência em ler e finalizo com a foto da FK Tripel.





Cheers! ;)